Novas tecnologias e formas de se comunicar

Necessário falarmos sobre as novas tecnologias e a sua relação com as novas formas de se comunicar!

Quando saímos da nossa casa, pegamos o nosso meio de transporte, entramos no cinema e compramos um ingresso para o filme da Marvel, estamos vivendo uma das grandes tendências do século XXI, uma narrativa que foge das páginas dos quadrinhos e chega nas grandes telas das salas de cinema, mas que antes também estive em desenhos animados, em produções seriadas e em muitas outras plataformas. Esse processo está incluso naquilo que o pesquisador Henry Jenkins vai chamar de “cultura da convergência”. A proposta desse texto, no entanto, não é fazer uma pequena dissertação sobre as teorias de Jenkins, mas utilizá-las como base para que você perceba como outras formas de se comunicar estão sendo inseridas no mundo das novas tecnologias.

Há quem diga, por exemplo, que os rádios desapareceram, que a televisão tomou o seu lugar e que, em breve, ela perderá o seu posto para a internet. Eu penso o contrário, eu penso que o formato antigo de se fazer rádio deu lugar a outros e a televisão está em um processo de atualização, não somente de formato, mas de plataforma. Talvez, estejamos apenas presos aos modelos primordiais de comunicação, mas eles estão aí. As narrativas seriadas oriundas do rádio e depois sustentadas pela TV nunca foram tão fortes nas plataformas de streaming, os programas de rádio ganharam apenas o nome de podcast, alguns deixam de ser ao vivo, mas a essência é a mesma: pessoas em torno de um microfone, conversando sobre um assunto em comum.

No entanto, a magia da cultura da convergência não está nas adaptações que os antigos formatos fizeram para se sustentarem dentro do modelo moderno/pós-moderno (aqui não vamos entrar nessa discussão) da sociedade, pelo contrário, está em como esses meios de comunicação conversam, dialogam e se complementam. Está em assistir quadrinhos ganhando movimentos humanos nas telas do cinema; em ouvir mais tarde um podcast sobre o mesmo assunto, onde os participantes comparam as principais diferenças entre o filme e a HQ; está, por incrível que pareça, em entender como o mercado, para além do comunicacional, se sustenta através dessas narrativas que são transmídias e crossmídias (se quiserem, falaremos disso em outro texto).

Contudo, Mateus, o que tem a ver todo esse processo com o trabalho que a Marcô realiza? Tudo! Comunicar de forma integrada é entender que meios de comunicação diferentes não são e, talvez nunca tenham sido, plataformas separadas. Diferentes, talvez, mas nunca separadas. Por isso, contar uma história que converse em todos os meios é mais do que propagar a sua mensagem em vários canais, muito pelo contrário, é entrar de cabeça nessa cultura da convergência da qual eu, você e todos à nossa volta estamos fazendo parte. É, sobretudo, diluir ruídos e aumentar conexões entre plataformas, pessoas e gerações.

Mateus Gonçalves
Relações Públicas na Marcô Comunicação

 

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