De mulheres para mulheres. Todas marcantes!

Ser mulher nunca foi fácil, sempre foi um verdadeiro ato de resistência. Com o passar dos anos e com os avanços que nos é possível, pudemos ver e viver de maneira mais confortável e diríamos até confiante. Confiante no nosso potencial, na igualdade que um dia virá (seguimos firmes e lutando para que essa seja sim uma realidade das gerações futuras), nos direitos que adquirimos e na segurança que temos em podermos contar umas com as outras. Embora muitas de nós tenhamos alguns privilégios dentro das nossas realidades, ser mulher ainda requer atenção (em especial, nossa para conosco) e bravura. Requer pulso para (sobre)viver num mundo majoritariamente machista, onde o patriarcado grita a cada novo amanhecer. Requer força para liderar, ouvir e viver.

Neste Dia Internacional da Igualdade da Mulher (26), nós reunimos depoimentos de algumas das tantas, incríveis e marcantes mulheres que passaram por aqui. Das que foram e estão. Das que nunca deixarão de estar. Todas são. Mulheres competentes, que se mostram cada vez melhores nas suas profissões, potentes nas decisões e também na leveza dos sorrisos. Humanas que somos. Neste dia, quando a nossa voz aumenta o tom para ecoar mundo afora, mulheres dizem como é a delícia de ser neste coletivo, que é plural e conta com essas mulheres e homens que reconhecem e apoiam o nosso lugar de direito.

Dea no Colabore, um dos nossos espaços preferidos para reuniões e onde realizamos diversos trabalhos em audiovisual e fotografia. Foto: David Guirra

Andrea Marnine

Marcô: Como é ser empreendedora num mundo/mercado ainda muito machista e masculino e liderar uma equipe repleta de mulheres?

Dea: É passar pelas dificuldades comuns ao empreendedorismo, que já são muitas em nosso país e enfrentar os obstáculos do machismo para me manter firme, mostrando o meu lugar e competência para além dos modelos mentais impostos e, muitas vezes, enraizados e azeitados por toda uma história repleta de sucessivas injustiças e não aceitação da força e da capacidade feminina. É continuar abrindo caminho depois e durante a luta de tantas mulheres, é ter um papel educativo, é ver uma sociedade ainda machista, mas que caminha para a mudança e abre olhos e mentes em busca da equidade, é me posicionar diariamente, é empoderar a equipe e dar exemplos reais do quanto somos preparadas para ocupar os espaços que quisermos. É dar voz, vez e lugar e me apossar disso também!

Moranga, Mai Mirela e Cris na nossa Vivência Marcante sobre Liderança, Respeito e Comunicação Interna, realizada em janeiro de 2020. Foto: David Guirra

Ana Carolina

Marcô: Como foi a sua experiência aqui na Marcô e com os clientes com quem você teve contato?

Moranga: Trabalhar com mulheres no mercado de comunicação é muito importante porque um dos medos que eu tinha era passar por certas situações constrangedoras por ser mulher. Hoje em dia a gente enfrenta ainda um grande disparate de posições no mercado simplesmente por questões de gênero. Então, muitas vezes, as mulheres não são reconhecidas pelos trabalhos que fazem ou são desvalorizadas justamente por serem mulheres, apesar de estarmos em 2020, quando isso já deveria ter sido mudado. E, nesse mercado de agências, a gente ainda vê uma hegemonia de homens brancos. As mulheres que entram não conseguem ter espaço para terem seus trabalhos reconhecidos. Aos poucos, a gente vem mudando isso e a Marcô é uma surpresa muito gostosa nesse sentido porque é um lugar em que as pessoas em grande parte são mulheres e isso me dava muita força, afinal, as mulheres têm uma maneira diferente, positivamente, de trabalhar porque elas conseguem trabalhar melhor em equipe e isso é muito positivo, além de terem inteligência emocional para lidar com situações adversas. E, em sua maioria, as mulheres têm o lugar de escutar, não se preocupam só em falar e isso faz com que consigamos construir juntas.

Dea e Milla com Levi Gomes e Mateus Gonçalves em fevereiro de 2020, quando Milla veio ao Brasil e nos fez uma linda e emocionante visita!

Camilla Amaral

Marcô: Como é trabalhar com Comunicação e superar vários desafios sendo mulher? E, dentro da Marcô, ainda que rapidinho, como foi viver isso?

Milla: Ter começado a trabalhar na área de criação (na época, ainda menina) foi bastante desafiador. Hoje em dia, vejo uma movimentação maior de mulheres nessa área, mas infelizmente ainda somos minorias. Confesso que tive a sorte grande de poder trabalhar com mulheres fodas, extremamente talentosas e competentes, que, mesmo sendo de outras áreas, sempre me deram suporte, apoio, motivação, e, melhor, se tornaram as minhas MAIORES inspirações. Por privilégio de tê-las tão perto, as mesmas até hoje me incentivam a continuar sendo presente em todo projeto que me atrevo a fazer e quando a gente se junta… sai de baixo que o termômetro da excelência chega explode!

Milla Cruz em uma das nossas ações de volta às aulas da Unijorge, que ficou marcada na nossa história. Foto: Maiana Marques

Camilla Cruz

Marcô: Você topou estar conosco bem no comecinho da Marcô, um coletivo que estava nascendo. Como foi aceitar essa proposta de uma mulher que estava começando a empreender e como isso refletiu na sua vida enquanto mulher?

Camilla: Aceitar essa proposta representou para mim a força que a mulher tem e me fez sentir orgulho em fazer parte de uma empresa com pessoas tão inspiradoras.

Carol na nossa primeira Vivência Marcante sobre Fotografia, em 2018

Caroline Souza

Marcô: Como foi estar no início da Marcô, quando éramos majoritariamente mulheres na equipe. Isso significou algo pra você? Se sim, o quê?

Carol: Ter participado em algum momento da Marcô, seja contribuindo com ideias, seja como ouvinte de uma galera cheia de experiência e conhecimento para partilhar foi uma vivência incrível, principalmente quando vemos a alma feminina impressa nessa empresa que nasceu, sim, mulher. A Marcô é liderada por uma mulher multifacetada e tem outras tantas cheias de talentos especialíssimos. O mundo é uma mulher, não tenho dúvidas, e participar de iniciativas propostas por mulheres significa estar em conexão com esse sagrado feminino, que é uma energia poderosíssima, fruto da união de mulheres que conseguem agregar tantas possibilidades em um só ser. Viva a nós mulheres!

Cris e Maiana em um dos nossos muitos e prazerosos ensaios, afinal, somos protagonistas das nossas peças também! Foto: Junior Araújo

Cristiane Costa

Marcô: Como foi pra você, enquanto mulher, ser liderada por mulher e ter muitas de nós como colegas? Como isso refletiu no seu trabalho prático?

Cris: Ser liderada por uma mulher foi um diferencial porque a gente sabe que existe um estigma, um preconceito sobre a figura feminina no mercado de trabalho e vivenciar isso nas reuniões, ações, campanhas… fortalece muito o que a gente no fundo já sabe, que a mulher tem sensibilidade, não aquela sensibilidade de fragilidade, mas sim na questão de percepção e isso é um ganho gigantesco. A gente tem um olhar amplo sobre as questões e ações, principalmente na Comunicação que exige isso. E, na Marcô, tudo é muito voltado para a pessoa, para o ser humano que está ali, para as conexões. Isso pra mim foi muito importante. Foi um ganho de força profissional que eu vou levar para a minha vida.

Gio em uma sessão de fotos e gravação para o lançamento da linha feminina da nossa parceira ZeuX. Foto: Junior Araújo

Giovana Marques

Marcô: Que tal um depoimento curtinho sobre ser mulher num coletivo liderado por uma mulher, que tem muitas clientes e parceiras mulheres. Como você vê isso nesse momento em que a gente está vivendo, quando a luta pela igualdade vem sido debatida dia após dia e cada vez mais?

Gio: Eu me sinto especial na verdade. Já passei por ambientes de trabalho liderados por homens e a maioria das pessoas ao meu redor vivem isso. Quando comecei a trabalhar em uma gestão feita por mulheres, os primeiros impactos já são completamente diferentes. Além da questão da competência profissional, que, claro, é muito importante, tem algo que é estar com o seu semelhante, com quem entende suas dores, tem ainda mais respeito e empatia. Isso é único! E me sinto privilegiada de poder compartilhar esses momentos no ambiente profissional, de ter isso na minha trajetória e de ver cada vez mais mulheres crescentes em seus cargos, quando a realidade majoritária ainda é de tanta exploração, machismo, preconceito e violência.

Na ordem: Carol, Jéssica, Dea, Mai e Mateus na nossa Roda de Conversa sobre Assessoria de Imprensa no Shopping da Bahia, pela Vale do Dendê

Jéssica Nunes

Marcô: Como foi iniciar esse processo, querer e ter saído, mas saber que você tem passe livre na Marcô e como é viver tudo isso rodeada de mulheres plurais?

Jéssica: Eu sou uma mulher muito feliz de ter encontrado, desde os meus estágios, mulheres profissionais incríveis e que me fizeram crescer bastante junto com elas. Mulheres que me colocaram embaixo de suas asas e me impulsionaram a voar junto com elas. Nós sabemos que o mundo, infelizmente, é moldado para que nós criemos rivalidades entre a gente, mas é incrível encontrar no caminho (principalmente, profissional) mulheres que te impulsionem, que te ensinem, que te coloquem pra frente sempre e te façam crescer. E foi assim que eu me encontrei na Marcô, bem como quando eu saí da Marcô porque, às vezes, você está em um lugar, mas também quer ter o direito de trilhar novos caminhos e é sempre bom ter pessoas que te apoiem. Quando você tem mulheres que olham pra você e dizem: “Vá, pode voar. Pode seguir seu caminho que nós sempre estaremos aqui com você, pra você!”, é incrível. E ter a porta aberta pra saber que eu sempre vou ter contato pra poder trabalhar junto, mesmo que não seja como funcionária, é muito saudável. É incrível poder ter essa relação porque nós somos isso: lealdade, força, igualdade. Quando a gente encontra amigas no caminho, tudo fica mais fácil e inspirador de se fazer e viver.

Dea e Lari em um dos muitos momentos de cumplicidade. Foto: Junior Araújo

Larissa Castelo Branco

Marcô: Como foi sua experiência dentro do Marcô enquanto mulher e como isso te fez crescer? Fez, né?! Rs…

Lari: Eu me senti muito acolhida e respeitada pelas minhas ideias. Eu não tinha experiência na área de RP numa agência de comunicação e eu sinto que não importava muito o mercado, mas sim o que eu aprendi na área acadêmica e o que eu entendia daquilo que poderia ser aplicado em resoluções. As minhas dúvidas sempre foram muito bem acolhidas e explicadas de forma prática e isso tudo me empoderou. Fora que o aprendizado sempre foi muito “O que você deseja aprender? O que você acha que precisa pra poder desenvolver seu trabalho?”, nunca de uma maneira limitada. As experiências vão muito além da área de trabalho, são pra vida. A Marcô tem isso de proporcionar à gente experiências de vida!

Mai em fevereiro de 2020, na nossa Vivência Marcante sobre Liderança, Respeito e Comunicação Interna. Foto: David Guirra

Maiana Marques

Marcô: Como tem sido a sua trajetória profissional trabalhando com mulheres?

Mai: Eu venho de um grato histórico onde parte das minhas lideranças foi de mulheres. Mulheres que ouvem e escutam, acolhem, orientam e empoderam. Na Marcô, esse coletivo que eu vi nascer, me sinto como filha mais velha de uma mãe que ensina diariamente que podemos e somos sempre mais e melhores do que nossos mais loucos devaneios. E nisso eu vivo, vencendo minhas crenças limitantes e sentindo que ser mulher na Comunicação não foi só uma escolha de final de adolescência, mas um propósito de vida!

Dea e Mai Mirela em exposição sobre planos e vivências na Marcô. Foto: David Guirra

Maiana Mirela

Marcô: Conta pra gente, por favor, sobre a sua passagem pela Marcô e como foi isso tendo, em sua maioria, colegas mulheres e líder mulher.

Mai Mirela: A Comunicação tem o poder de conectar diferentes pessoas com a mesma paixão. “Fazer acontecer” a Comunicação de maneira única e com harmonia, seja qual for o ramo de atuação de cada cliente. Na Marcô, tive a oportunidade de vivenciar diferentes momentos como esse e com muitos desafios que me fizeram crescer como profissional. O Coletivo me possibilitou essa integração com o diferente, que se torna novo e essencial quando se quer evoluir através da experiência. Desenvolver esse trabalho junto com outras mulheres nos encoraja ainda mais a buscar ser sempre um diferencial na Comunicação, pois como um ser único, a mulher tem o poder de ser múltipla e diversa em tudo que faz. A cada olhar e opinião dividida com a Boss, era notório o quanto poderíamos ser ainda melhor em cada detalhe das suas observações. Ela é realmente incrível, me ensinou coisas que até hoje reconheço como importante e com ela o meu maior aprendizado foi sobre a escuta e a importância do diálogo, ainda que existam opiniões diferentes.

Mamá durante gravação de vídeo na formatura da turma de Jovens Aprendizes da Petrobras (PPJA) com a Pontos Diversos. Foto: Junior Araújo

Marina Braga

Marcô: A Marcô tem um número bacana de mulher em sua equipe e é liderada por uma mulher. Como você enxerga isso na Comunicação?

Mamá: A liderança feminina na comunicação é muito representativa numa sociedade em que esses casos ainda são minoria. Isso demonstra a força em lutar contra uma série de opressões que desapropriam a mulher desse lugar. Mais do que isso, leva a voz da mulher para o mundo, os conhecimentos característicos de todas nós graças às vivências em comum, que combinam força com abertura, sensibilidade, empatia, maturidade e assertividade. Ser liderada por mulheres mudou a minha perspectiva de futuro, relações de trabalho e consciência sobre as mudanças que a sociedade patriarcal será obrigada a passar.

Lucinha e Dea na direção da gravação de campanha do Hospital Aristides Maltez com Fabrício Boliveira em 2018. Foto: Silas Coelho

Lucia Semanovschi

Marcô: Como você, que também está à frente de uma empresa, a João de Barro Filmes, nossa primeira parceira, enxerga a importância de termos mulheres liderando equipes de Comunicação?

Lucinha: Sabemos nos comunicar. Isso já vem na genética. Lideramos, somos resilientes, motivamos, pensamos sempre lá na frente, trazemos pro lado profissional toda a força, garra, determinação e coragem que carregamos no nosso dia a dia, sem falar no fato de conseguirmos dar conta de diversas tarefas, muita vezes, ao mesmo tempo. Além de tudo isso, aqui em nós, amamos uma boa conversa entre amigas!!! A Marcô representa bem tudo isso!

 

Polly na nossa Vivência Marcante sobre Fotografia em 2018, usando a nossa primeira camisa. Foto: Maiana Marques

Pollyana Giffoni

Marcô: Pra você que já trabalha com tantos homens, como é vivenciar jobs com mulheres, afinal, você é uma das nossas parceiras oficiais desde o início de tudo!

Polly: Em todas as vezes que participo de campanhas que são lideradas por mulheres, me sinto realizada e representada. São anos de luta pra provar o valor da mulher, sua liderança, seu comando e suas capacidades técnicas pra ocupar essa posição. Essa representatividade me anima e me estimula a ocupar lugares semelhantes por saber que uma mulher está ali, quebrando todos os paradigmas, infelizmente, impostos! É uma sensação de felicidade, esperança e conquista!