Mensuração e subjetividade na comunicação
Há quem ache que a comunicação é um trabalho que não se possa mensurar. Está enganado! A comunicação, apesar de não ser uma caixinha de regras estabelecidas e imutáveis, não é uma atividade que se desenvolve, apenas, através da subjetividade.
Ela possui objetivos, estratégias, análises e técnicas que permitem elaborar diagnósticos para tomada de decisões mais assertivas. Quem trabalha na área precisa e deve estar atento a como expor, em dados que possam gerar relatórios das atividades planejadas e desenvolvidas para o cliente, o que estava estabelecido no planejamento. O profissional de Relações Públicas, (já puxando um gancho para a minha, muito em breve, profissão), desde a formação possui esse entendimento importante: já considera a mensuração algo relevante e estratégico para a profissão, compreendendo o quanto é necessária, até como uma forma de interpretar e controlar os resultados obtidos de cada ação nas diferentes área de atuação.
Um exemplo é a gestão de mídias sociais. Sim, provavelmente ao se falar em mensuração, atualmente, o planejamento e o gerenciamento de redes sociais são áreas que rapidamente vêm à mente. A gestão das mídias sociais oferece, devido a tantas tecnologias e inovações, ferramentas que possibilitam uma análise mais segmentada e específica do público e das ações realizadas nas redes, allém de um suporte no controle das ações desenvolvidas. São muito usadas, mas, precisam do entendimento e da interpretação de forma correta do profissional, pois o número de dados que são gerados é extenso e se faz necessário o cruzamento adequado destes, o que para muitos é um problema!
Agora, se sempre foi uma técnica importante e necessária a avaliação e mensuração, por que em algumas áreas da comunicação ainda existe maior dificuldade de analisar esses dados? Mensurar não é um processo fácil, como dito anteriormente. Não é simples tangibilizar as atividades. As áreas em que se pode avaliar e mensurar são muitas: comunicação interna, comunicação externa, planejamento e organização de eventos, campanhas de comunicação institucional, governança corporativa, etc. É preciso utilizar técnicas específicas e o cruzamento de dados como meio de fortalecer a identidade organizacional. É um processo que necessita muito do olhar estratégico do profissional.
É importante estar atento: mensurar e avaliar dados não deve ser algo apenas pontual. Por mais que contribua e seja necessária no desenvolvimento de ações, é fundamental que seja uma prática recorrente na organização. É importante vislumbrar as possibilidades e as ferramentas que podem e devem ser usadas: questionário para público interno e externo, pesquisa observação, eventos, pesquisa de opinião e de clima, entre tantas outras. É necessário utilizar o que for mais apropriado e pertinente.
Mensurar talvez seja a parte mais difícil de realizar. É transformar dados numéricos em informações qualitativas e vice-versa, é entender gráficos, tabelas e cruzamento e análise de informações, tornando-as tangíveis. Assim, em cada passo de um planejamento ou de uma pesquisa é preciso pensar na mensuração, pois sem ela não é possível desenvolver, “provar” e potencializar resultados. É necessário lançar mão de ferramentas específicas para cada ação. E isso está relacionado ao desempenho e habilidade do profissional, bem como aos resultados e futuras ações da organização.
Larissa Castelo Branco
Estagiária de Relações Públicas na Marcô Comunicação
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