Microinfluenciadores são melhores que os famosos ou as grandes influências digitais?

Você já sabe que o mundo se transformou, né? Isso já não é novidade. Já sabe também que as novas tecnologias e, mais especificamente, as redes sociais alteraram toda a ideia e conceito do que era público e privado, do real palpável e do real virtual. Não somente isso, elas alteraram a forma como nós, seres humanos comuns, transmitimos e emitimos formas de pensar, agir, falar e estar no mundo. Com as redes sociais, antigos formatos foram reinventados e reconstruídos sob uma nova ótica. O marketing de influência grita aqui antes mesmo de ter esse nome. Lembra daquele vizinho capaz de influenciar todo mundo a frequentar determinado mercado? Ou a comprar determinado equipamento? Aquele mesmo, cheio de amigos? Pois é, esse cara está nas redes e sua influência agora alcança milhares de pessoas.

De acordo com a Forbes, todas as pessoas que possuem de 1.000 a 50.000 seguidores engajados (aquele que comenta, curte e participa) podem ser consideradas microinfluenciadoras. No entanto, não é necessariamente o que outras pesquisas e fontes definem pelo termo, entendendo microinfluenciadores como aqueles que possuem uma média de 10 mil a 100 mil seguidores. Qual é o certo? Não existe um certo e errado nessa história e esse texto não visa apresentar uma discussão sobre termologia, pelo contrário, a ideia é pensar em como fazer um investimento estratégico para o seu negócio.

Uma vez que não há certo ou errado, a resposta para a pergunta seria: depende do seu negócio. Vamos lá! Suponhamos que você é dono de um mercadinho no interior da Bahia e que não tem o mínimo interesse em abrir filiais em outros municípios. Na sua cidade, tem uma pessoa que reúne 2.000 seguidores, daqueles fiéis. Do outro lado, tem uma pessoa moradora da capital, com 150 mil seguidores, que não entende o seu mercado e que poucos na sua região conhecem. Qual o provável melhor resultado para o seu negócio?

A estudante de Publicidade, executiva social e produtora cultural, Danúbia Santos, pode te ajudar a responder essa pergunta. Para ela, “Ser microinfluenciadora me permite falar sobre e para pessoas que admiram minha opinião e postura. Represento minhas ideias, ideais e o local de onde venho. Isso traz credibilidade a qualquer marca que quer atingir uma importante parcela de consumidores que se identificam comigo”. Esse depoimento ilustra a discussão que quero apresentar. Danúbia exerce sua influência no bairro soteropolitano de Sussuarana e tem um retorno significativo da comunidade atuando em várias frentes e perfis de redes sociais: @danpretah, @cufabahia@cufasussuarana e @negritudesussuarana.

 

Danubia Santos, em Sussuarana, utiliza a sua influência para alavancar causas sociais e incentivar pessoas. Foto: Lane Silva

 

O que quero dizer é que microinfluenciador, muitas vezes, para você, será aquele vizinho que conhece a todos. Ele não precisa necessariamente ser o mais famoso, porém, ele é exatamente aquela pessoa que atinge as pessoas certas, no local certo e no momento certo. Ele também pode ser o melhor “custo-benefício” para o seu negócio, trabalhando com valores que você possa pagar e até gerar um maior número de conversões. Além disso, ao contratar os seus serviços, você valorizará o trabalho de alguém que ainda está começando e a relação de ganha-ganha torna-se ainda maior.

Devo, então, parar de apostar em grandes influenciadores? Não sei. Isso é o seu negócio e o seu valor de investimento e retorno que irá dizer. Não existem fórmulas mágicas para o sucesso. É preciso analisar, estudar e entender o contexto em que está inserido. Agora, me responda: consegui te microinfluenciar? Então, o meu dia está ganho!

 

Mateus Gonçalves
Relações Públicas na Marcô Comunicação

 

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